Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Julgando o Collie

Julgando o Collie: Por Luis Eduardo Almeida – A avaliação de um Collie em uma exposição de beleza e conformação é uma tarefa complexa

Julgando o Collie : Uma análise detalhada por Luis Eduardo Almeida

O objetivo da CBKC/FCI é o de encorajar e promover a criação e utilização de cães de raça pura cuja saúde funcional e características físicas atendam ao padrão estabelecido para cada raça em seu país de origem. Portanto, a tarefa de um juiz de exposições caninas é a de preservar as características de cada raça, escolhendo os melhores exemplares dentro dos limites do padrão aprovado da raça.

A avaliação de um Collie em uma exposição de beleza e conformação é uma tarefa complexa que requer atenção aos mínimos detalhes para que se possa determinar a qualidade e conformidade do exemplar com o padrão da raça. Os juízes especializados nessa função devem ter um olhar crítico e experiente para identificar os melhores representantes da raça.

Vamos explorar os principais aspectos considerados nesse processo meticuloso.

Julgando o Collie: O primeiro exame já é feito na entrada dos cães em pista. Na sequência, o exame individual inicia-se pela aparência geral seguindo-se o exame da cabeça, pescoço, frente, ombros, aprumos, linha superior, garupa, cauda , posteriores, pelagem, temperamento etc.

Aparência Geral

Julgando o Collie : Uma análise detalhada por Luis Eduardo Almeida

O aspecto a ser visto deve ser de um cão de grande beleza, que se porta com impassível dignidade, bem balanceado sendo guarnecido de perfeita formação anatômica, sem qualquer das regiões fora de proporção em relação ao conjunto e sem qualquer traço grosseiro. Apesar de uma movimentação suave e graciosa deve passar a impressão de capacidade para o trabalho.

Cabeça

Para avaliar as qualidades da cabeça do Collie, o juiz deve ter uma visão não apenas frontal, mas também lateral dessa cabeça. Busca-se por planos paralelos entre cabeça e focinho (2 linhas paralelas na visão lateral).
Um stop ligeiramente marcado (porém perceptível) situado entre os cantos internos dos olhos devem separar esses 2 planos. O crânio que deve ser plano e sem muita profundidade (medido do supercílio até a linha inferior do maxilar) deve possuir o mesmo comprimento do focinho.
O focinho deve ser cheio e arredondado , afinando progressivamente em direção à trufa (preta) sem que com isso seja pontudo.

As laterais das faces devem convergir gradualmente e suavemente das orelhas até a ponta da trufa fazendo da cabeça uma peça única. Para isso, os ossos da bochecha não devem ser proeminentes.
A boca deve apresentar uma mordedura em tesoura, onde os dentes incisivos superiores se acomodam logo a frente dos incisivos inferiores (bem justos) , os dentes devem ser de bom tamanho e o cão deve possuir os 42 dentes.

É oportuno dizer que em cabeças alongadas em forma de cunha, a mandíbula pode se desenvolver mais lentamente levando a formação de um espaço levemente maior entre os incisivos superiores e inferiores em animais muito jovens que tendem a corrigir com o amadurecimento.
As orelhas não devem estar tão próximas que pareçam juntas ou tão afastadas para os lados da cabeça. Devem ser portadas semieretas, ou seja, 2/3 eretos e 1/3 dobrada.
Os olhos devem ser amendoados, tamanho médio e de inserção suavemente oblíqua por causa do formato alongado da cabeça. Com exceção dos blue merle, os olhos devem ser marrom escuros.

Todos os pontos descritos acima é que juntos compõe a expressão doce que o padrão da raça pede. Dessa forma, cabe aqui repetir as palavras do padrão que diz que a expressão é formada pelo equilíbrio perfeito da proporção entre o crânio e o focinho, pelo tamanho, forma, cor e inserção dos olhos e correto posicionamento e porte das orelhas.


Pescoço

O Collie como cão de trabalho, requer um pescoço forte e de tamanho médio. Um pescoço com bom comprimento e levemente arqueado contribui para dar um ar de dignidade e permite manter uma boa juba que então formará uma moldura para a cabeça.

Frente

Os ombros devem ser bem angulados, com escápulas bem colocadas para trás formando um ângulo quase reto com o braço que deve ter o mesmo comprimento que a escápula. Essa construção irá permitir uma desejável passada longa que deve ser leve e parecer quase sem esforço.

Julgando o Collie

Membros anteriores retos (vistos de frente) e com ossatura moderada, nem muito próximos nem muito afastados. Quando muito próximos, são resultado de uma constituição fraca que faz com que o peito seja estreito.

Aprumos

Os metacarpos devem ser flexíveis pois devem absorver o choque e promover mobilidade.

Corpo, Linha Superior e Garupa

O Collie deve ser levemente mais longo do que alto, ou seja, a medida da ponta do ombro até a nádega (comprimento) deve ser levemente superior à altura que vai da cernelha ao chão na proporção aproximada de 10 (comprimento) : 9 (altura).

O peito deve ter profundidade suficiente para atingir os cotovelos e deve ser de largura moderada atrás dos ombros.

A caixa torácica de formato oval com costelas bem arqueadas (sem ser em barril) e voltadas para trás.

A linha superior deve ser nivelada e na sequência encontraremos um lombo musculoso e levemente arqueado possibilitando que o dorso seja firme e a garupa inclinada.
A linha superior mostra uma fusão harmoniosa da nuca até a garupa com um contorno fluido e sem exageros.

Cauda

Uma cauda longa corretamente portada completa a imagem de dignidade do Collie. O padrão pede uma cauda longa que alcance ao menos o jarrete, sendo portada baixa em repouso com uma ligeira curvatura para cima na ponta. Um leve redemoinho ascendente no final da cauda quando o cão está em atenção ajuda na beleza da silhueta, mas a palavra “leve” não deve ser esquecida. A cauda pode ser portada alta quando o cão está excitado, porém nunca deve cair ou enrolar sobre o dorso.

Posteriores

Musculosos, vigorosos e fortes com joelhos bem curvados. Essa é a descrição para membros posteriores que proporcionem força de propulsão. Os jarretes não devem ser longos nem fracos contribuindo para constituição de um cão com habilidade para trabalhar o dia todo.

Movimento ida e volta

Nesse tipo de movimentação o juiz observa o cão do tronco para baixo. Na ida o cão deve mostrar a parte inferior das patas (coxins) durante a movimentação que demonstrará uma passada de amplitude correta, mas também se observa o paralelismo dos jarretes. Já no movimento de volta, os cotovelos não devem ir para fora e os membros não devem cruzar.

Apesar de se buscar um paralelismo dos membros durante a movimentação, conforme a velocidade aumenta as patas tendem a se aproximar de uma linha imaginária central que passaria por baixo do cão o que caracteriza o movimento denominado “single track”.

Movimento Lateral

A movimentação do Collie deve ser leve e fluida permitindo que o cão cubra o máximo de terreno com o mínimo esforço. Dessa forma os membros anteriores devem mostrar um alcance longo sem elevar muito as patas, enquanto que os posteriores devem mostrar força de propulsão.

Pelagem

O Collie deve apresentar uma pelagem dupla, onde o pelo externo deve ser longo, reto e áspero ao toque enquanto que o sub pelo deve ser denso e macio. Essa pelagem confere proteção contra vento, frio e chuva sendo que o cão não ficará com a pele molhada se estiver trabalhando na chuva. De uma maneira geral o macho tem pelagem mais longa e abundante, enquanto que a fêmea tem culotes mais cheios e a cauda mais emplumada.

Cores

As 3 cores reconhecidas são zibelina (marta) & branco , tricolor e azul merle.

  • No zibelina é permitido uma variação do dourado claro até o mahogany , sendo que a cor palha claro ou creme não são desejáveis.
  • Os tricolores devem ser predominantemente pretos com as marcações castanho (tan.) na cabeça e pernas. Essas marcações castanhas devem ser vivas.
  • O azul merle deve ser um azul prateado claro respingado ou marmorizado de preto. O preto não deve ser dominante. Ricas marcações de castanho (tan.) são preferíveis, porém quando forem de menor intensidade não deve ser consideradas como falta.

Observe que não há previsão da cor azul merle bicolor (bi Blue), então as marcações de cor castanho devem estar presentes em suas diferentes intensidades.

Marcações brancas

As marcações brancas características da raça poderão estar presentes em maior ou menor intensidade nas 3 cores citadas acima, e podemos cita-las como favoráveis durante um julgamento. São elas: um colar branco no pescoço que pode ser parcial ou total, ante peito, membros, patas, parte inferior e ponta da cauda. Uma marca branca pode aparecer no focinho ou cabeça ou ambos.

Obs.: Todo branco ou predominantemente branco é altamente indesejável.


As exposições de conformação caninas são um meio de avaliação dos cães para uma melhor seleção do plantel de cada criador. Não se trata portanto, de uma comparação de um cão com outro, mas uma comparação de cada cão com a imagem mental do juiz sobre ideal da raça conforme descrito no respectivo padrão.

Agility Agility Brasil Agility CBKC AgilityLifestyle CAMPEONATO CARIOCA CBKC CBRC Circuito KCSP Collie Collie agitily Collieconnection Comportamento Conselho Brasileiro da Raça Collie Daniela Pereira DCRC Dicas DogShow TOP10 Esportes caninos Exposiçoes Exposição Especializada de Collie Exposições Gerais FCI FECERJ FECIRS História História dos Collies ItuSP KCFlu KCSP Lassie Latin Agility Open Match Melhor Collie Nacional do Collie Nutrição Collie Palestra Online Panamericana Rough Collie Smooth Collie Sorocaba TOP10 CBKC Vacinas Vencedores CBKC Vencedores DogShow Veterinária

error: Content is protected !!